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Divulgação Os monstros vivem na nossa imaginação, como em 'Onde vivem os monstros, ou eles existem mesmo? |
Embora o nome original seja diferente (“Where the wild things are”, algo como “Onde as coisas selvagens estão”), o título brasileiro do novo filme do diretor Spike Jonze,
Onde vivem os monstros[adaptação do livro de mesmo nome do escritor americano Maurice Sendak, de 1963] , levanta uma questão interessante, ainda que aparentemente irrelevante para os céticos de plantão. Ora, os monstros vivem na imaginação, principalmente na imaginação das crianças, eles diriam. Mas pergunte a eles por que os monstros estão presentes em todas as culturas e sociedades humanas de todos os tempos, ou pergunte por que razão os monstros do mundo inteiro têm características parecidas, e a resposta não virá na ponta da língua.
Os monstros na verdade são um assunto complexo e, assim como os heróis, dizem muito sobre nós, seres humanos. Tão antigas quanto nossa própria história, as histórias de monstros fazem parte do medo de uma espécie que ainda não subjugou a natureza totalmente, mas que pretende fazer isso através da lógica e do conhecimento.
A palavra vem do latim monstrum e etimologicamente significa “mostrar” ou “advertir”, e também “segredo divino”. Algumas interpretações vão mais longe e traduzem monstrum como “aquele que adverte”, ou “aquele que revela”.
Mas qual é a razão desses significados? Mais importante do que isso: de onde afinal vem nosso medo inconfesso desses seres imaginários?
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